ATENAS: ATRÁS DE UM PORTO TEM UM PAÍS
Thadeu RibeiroA OBRA
Em 1997, 2006 e 2011, a Grécia ajudou cidadãos chineses a se retirarem da Albânia, Líbano e Líbia, respectivamente, em meio às turbulências e guerras civis encontradas em tais locais. Desde então, aliada à crise econômica sofrida pela Grécia e sua relação estremecida com a União Europeia, o país se alinhou com a China, cada vez mais. Atualmente, a relação entre as nações se fortaleceu dentro de uma confiança estratégica mútua, que promovesse a sinergia econômica da Iniciativa entre o Cinturão Europeu e a Rota da Seda. Houve, em 2021, um evento simbólico para reafirmar a união de tais nações: 2021: Grécia e China – ano da Cultura e Turismo e uma série de visitas entre os principais representantes de cada país. Até então, o maior investimento chinês na Grécia, ainda em construção, é a reforma e expansão do Porto de Pireus. Atenas e Pequim concordaram em avançar com uma aplicação de 600 milhões de euros nesta infraestrutura. Assim, a intervenção demonstra a figura de Atenas, embalada por um tecido vermelho, remetendo ao domínio chinês cada vez mais presente na Europa.
Intervenção na Estátua (tecido/material vermelho – cores da China, cobrindo a escultura, com postais fotográficos da relação ChinaxGrécia – Porto Pireus)
Local: Escultura de Atenas (porta da EAD)
Medidas: 6 postais papel couche (tamanho parecido com A5, modo paisagem: 148 x 210 mm) + tecido vermelho.
Cidades EXPOCHINA: Atenas
Thadeu Ribeiro
O PROCESSO
O primeiro passo para a criação da intervenção foi unir várias informações por meio de pesquisas virtuais sobre como Atenas e China se relacionaram ao longo da história. Assim, por meio de referências de websites – fontes jornalísticas, Google Maps e websites oficiais político-administrativos das cidades/países, coletou-se tais eventos e pontos cruciais para que se entendesse os rumos que levaram à situação dos países (Grécia e China) atualmente.
O local da intervenção foi escolhido por conta da estátua de Atenas (deusa grega) já existente no hall de entrada da Escola de Arquitetura e Design da Universidade Federal de Minas Gerais (EAD/UFMG) e a ideia era desconstruí-la de forma que demonstrasse tal domínio político-econômico que a China vem desenvolvendo por meio da Rota das Sedas, não só na Grécia, como na Europa como um todo. Além disso, como modo de exemplificar e informar aos visitantes como se dá essa relação, foram usados postais para demonstrar esses fatos históricos que vêm ocorrendo.
Algumas Informações:
- 2021: Greece-China Year of Culture and Tourism
- O diplomata chinês de alto escalão pediu que os dois lados aumentem continuamente a orientação de alto nível e fortaleçam a confiança estratégica mútua, promovam a sinergia da Iniciativa do Cinturão e Rota, e tornem conjuntamente o Porto de Piraeus em um porto de classe mundial.
- Eles acrescentaram que a Grécia está pronta para hospedar um bem-sucedido Ano de Cultura e Turismo Grécia-China em 2021, promover o diálogo entre civilizações, e construir conjuntamente o Cinturão e Rota.
O presidente Xi Jingping e o primeiro-ministro grego visitaram o porto de PireuO maior investimento chinês no paísUma aposta importante e que não se fica por aquiAtenas e Pequim concordaram em avançar com um investimento de 600 milhões de euros nesta infraestrutura. - “China e Grécia são parceiros para a criação de uma cintura, de uma estradaEsta iniciativa deve ser fortalecida pelo desenvolvimento do paísEsperamos implementar parcerias em muitas áreas e queremos fortalecer o papel do Pireu e aumentar, mais ainda, a capacidade de transporte da linha expresso terra-mar entre a China e a Europa”, afirmou Xi Jinping.
- “A Grécia tem muito a ganhar com a abertura do mercado interno da China, desde produtos agrícolas ou mármores de alta qualidade, até aos fornecedores gregos na área dos equipamentos de expedição de correio e encomendasMais de 1000 navios gregos foram construídos na China nos últimos 15 anos”, explicou o chefe do executivo grego, Kyriakos Mitsotakis.
- O Porto de Pireu e a empresa chinesa de transportes marítimos Cosco, são um dos principais exemplos da importância do investimento chinês na Grécia.
- Em 1997, 2006 e 2011, a Grécia ajudou cidadãos chineses a se retirarem da Albânia, Líbano e Líbia, respectivamente, em meio às turbulênciasA China também apoiou firmemente a Grécia durante a crise da dívida soberana de uma década no país europeu.
- A China transformou Pireus no porto mais movimentado do Mediterrâneo, investindo quase meio bilhão de euros através do conglomerado de frete COSCO, respaldado pelo Estado. Agora, espera fazer do Piraeus o ponto de entrada na Europa de seu projeto One Belt, One Road.
ATENAS:
Em 1997, 2006 e 2011, a Grécia ajudou cidadãos chineses a se retirarem da Albânia, Líbano e Líbia, respectivamente, em meio às turbulências encontradas em tais locais. Desde então, aliada à crise econômica sofrida pela Grécia e sua relação estremecida com a União Europeia, o país se alinhou com a China, cada vez maisAtualmente, a relação entre as nações se fortaleceu dentro de uma confiança estratégica mútua, que promovesse a sinergia econômica da Iniciativa entre o Cinturão Europeu e Rota da Seda.
O maior investimento chinês no país se dá na reforma e expansão do Porto de Piraeus. Atenas e Pequim concordaram em avançar com uma aplicação de 600 milhões de euros nesta infraestrutura.